Viajar com animais de estimação para a Europa exige um planejamento detalhado e o cumprimento de diversas exigências legais. Cada país possui regras específicas, mas o Passaporte Pet é um dos documentos fundamentais que facilita tanto a entrada quanto a circulação do seu animal no continente europeu.
Seja para uma mudança definitiva ou uma viagem de férias, é essencial conhecer as exigências sanitárias, documentos obrigatórios e recomendações para garantir uma experiência segura e tranquila para você e seu pet. Neste guia, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o Passaporte Pet, as vacinas obrigatórias, o microchip de identificação e outros requisitos indispensáveis para que seu animal de estimação viaje sem complicações para a Europa.
O Passaporte Pet é um documento oficial emitido por veterinários autorizados, que comprova a situação sanitária do animal e facilita sua entrada e circulação na União Europeia. Ele contém informações essenciais, como identificação do pet, número do microchip, histórico de vacinação (incluindo a vacina contra a raiva), além de outros dados de saúde exigidos pelas autoridades europeias.
Quem Precisa do Passaporte Pet?
O Passaporte Pet é um documento obrigatório para cães, gatos e furões que viajam entre os países da União Europeia ou que estão sendo transportados de fora do bloco para algum dos seus países-membros. Ele facilita a identificação do animal, comprova que todas as exigências sanitárias foram cumpridas e permite a circulação sem a necessidade de novos documentos em cada fronteira dentro da UE.
Se o pet estiver viajando de um país terceiro, como o Brasil, para a Europa, será necessário cumprir regras adicionais, incluindo:
✔️ Implantação de microchip antes da vacinação contra a raiva.
✔️ Vacinação contra a raiva em conformidade com as normas da UE.
✔️ Exame sorológico para a raiva (caso seja exigido pelo país de destino).
✔️ Certificado Veterinário Internacional (CVI) emitido por um veterinário oficial do país de origem.
O Passaporte Pet é Obrigatório Para Todos os Animais?
O passaporte é exigido apenas para cães, gatos e furões, que são as espécies reconhecidas pela legislação europeia como aptas a viajar com esse documento. Outros animais de estimação, como coelhos, aves e roedores, não precisam de passaporte, mas ainda podem estar sujeitos a regras específicas de importação, dependendo do país de destino.
Além disso, cada país da União Europeia pode ter exigências adicionais. O Reino Unido, Irlanda, Finlândia e Malta, por exemplo, requerem que os cães recebam um tratamento antiparasitário específico contra Echinococcus antes da entrada no território.
Para evitar qualquer problema na chegada, é essencial consultar com antecedência as normas do país para onde você e seu pet estão viajando. Garantir que toda a documentação esteja correta e dentro do prazo evita imprevistos, como retenção do animal na imigração ou a necessidade de quarentena.
Com planejamento adequado e cumprimento de todas as exigências, seu pet poderá viajar para a Europa sem complicações e aproveitar essa nova jornada ao seu lado! 🐾✈️

Requisitos Para Obter o Passaporte Pet
Para que um animal de estimação possa obter o Passaporte Pet e entrar legalmente na Europa, é necessário cumprir uma série de exigências sanitárias e burocráticas. Essas regras garantem a segurança do pet e previnem a disseminação de doenças entre os animais no continente. Abaixo, detalhamos os principais requisitos:
1. Microchip de Identificação
Todos os cães, gatos e furões devem ter um microchip de identificação compatível com a norma ISO 11784/11785. Esse dispositivo deve ser implantado antes da vacinação contra a raiva, pois o número do microchip será registrado no passaporte e em todos os documentos veterinários. O microchip permite que o animal seja identificado em qualquer país da União Europeia por meio de um leitor eletrônico.
2. Vacinação Contra Raiva
A vacina antirrábica é um requisito obrigatório para todos os pets que viajam para a Europa. A vacinação deve ser aplicada somente após a implantação do microchip. Além disso:
- A primeira dose da vacina só será considerada válida após 21 dias da aplicação.
- Se o pet já recebeu a vacina anteriormente, a imunização deve estar dentro do prazo de validade e devidamente registrada.
- O reforço da vacina deve ser administrado conforme as normas do país de origem e destino para evitar qualquer problema na entrada na UE.
3. Exame Sorológico para Raiva (Para Alguns Países da UE)
Se o pet estiver vindo de um país de fora da União Europeia, pode ser necessário realizar um exame sorológico para raiva. Esse teste verifica a eficácia da vacinação e deve ser feito em um laboratório credenciado pela UE. Para cumprir essa exigência:
- O exame deve ser realizado pelo menos 30 dias após a vacinação.
- Se o resultado atender ao nível mínimo exigido de anticorpos, o pet poderá viajar 90 dias após a coleta do exame.
- Esse requisito não se aplica a países considerados de baixo risco para raiva.
4. Tratamento Contra Echinococcus (Vermífugo)
Alguns países da União Europeia, como Reino Unido, Irlanda, Finlândia e Malta, exigem que cães recebam um tratamento contra o parasita Echinococcus multilocularis antes da viagem. As regras incluem:
- A administração de um vermífugo específico por um veterinário credenciado.
- O tratamento deve ser feito entre 24 e 120 horas antes da chegada ao país de destino.
- A comprovação do tratamento deve estar devidamente registrada nos documentos do animal.
5. Certificado Sanitário Internacional (Para Animais Vindos de Fora da UE)
Para pets que estão sendo transportados de países terceiros (como o Brasil) para a União Europeia, é necessário um Certificado Veterinário Internacional (CVI), que atesta a saúde do animal e o cumprimento das exigências sanitárias. Esse documento deve ser emitido por um veterinário oficial do país de origem e incluir:
- Identificação do animal (incluindo o número do microchip).
- Registro da vacinação contra a raiva.
- Comprovação de exames e tratamentos exigidos pelo país de destino.
- Assinatura de um veterinário autorizado e carimbo do órgão responsável pela inspeção sanitária.
Cumprir esses requisitos é essencial para garantir uma viagem tranquila e sem complicações para você e seu pet. Antes de embarcar, sempre verifique as regras específicas do país europeu de destino e inicie o processo de documentação com antecedência.
Como Conseguir o Passaporte Pet?
O Passaporte Pet é um documento essencial para quem deseja viajar com um animal de estimação dentro da União Europeia. Ele facilita a mobilidade entre os países-membros e garante que o pet atenda a todas as exigências sanitárias. O processo para obter o passaporte varia conforme a localização do tutor e o país de origem do animal.
Se Você Já Está na Europa
Se você já reside em um país da União Europeia e deseja obter o Passaporte Pet, o processo é relativamente simples. Basta seguir os passos abaixo:
- Agende uma Consulta com um Veterinário Credenciado
- O passaporte é emitido por clínicas veterinárias autorizadas, então é necessário marcar uma consulta com um profissional qualificado.
- Verifique se o veterinário tem permissão para emitir o passaporte, pois nem todas as clínicas oferecem esse serviço.
- Confirme a Identificação do Pet
- O animal precisa ter um microchip compatível com o padrão ISO 11784/11785. Se ele ainda não tiver, o veterinário pode implantá-lo no momento da consulta.
- O número do microchip será registrado no passaporte e é essencial para a identificação do animal durante a viagem.
- Apresente o Histórico de Vacinação
- O pet deve estar vacinado contra a raiva, e a imunização deve ser válida e registrada.
- Caso a vacina tenha sido aplicada recentemente, será necessário aguardar o período de 21 dias antes de viajar.
- Realize Outros Tratamentos Obrigatórios
- Dependendo do país de destino, pode ser exigido um tratamento contra Echinococcus (verme parasita) e outros cuidados sanitários.
- O veterinário indicará quais exames ou medicações adicionais são necessários.
- Receba o Passaporte Pet
- Se todos os requisitos forem atendidos, o veterinário emitirá o Passaporte Pet oficial.
- O documento conterá todas as informações sobre o animal, incluindo identificação, vacinação, histórico médico e eventuais tratamentos.
O passaporte é válido durante toda a vida do pet, desde que as vacinas estejam em dia e os dados sejam atualizados sempre que necessário.
Se Você Está Viajando de Fora da União Europeia
Para quem está trazendo um pet de um país terceiro, como o Brasil, o passaporte só pode ser obtido após a entrada regular na Europa. Isso significa que, antes de viajar, é necessário cumprir todas as exigências sanitárias e documentais para que o animal seja aceito na UE. O processo inclui:
- Microchip de Identificação
- Antes de qualquer outra etapa, o pet deve ter um microchip ISO 11784/11785 implantado por um veterinário.
- Vacinação Contra Raiva
- A vacina contra a raiva deve ser aplicada após a colocação do microchip.
- É necessário aguardar 21 dias após a vacinação para que ela seja considerada válida.
- Exame Sorológico para Raiva (Se Exigido)
- Para alguns países da União Europeia, é preciso realizar um exame sorológico em um laboratório credenciado, verificando a eficácia da vacina contra a raiva.
- O exame deve ser feito 30 dias após a vacinação, e o pet só poderá viajar 90 dias após a coleta do exame.
- Certificado Veterinário Internacional (CVI)
- Esse documento substitui temporariamente o Passaporte Pet e é obrigatório para entrar na UE.
- Deve ser emitido por um veterinário oficial do país de origem e validado pelo órgão sanitário responsável (no Brasil, é o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
- O certificado tem validade limitada e deve ser utilizado para a entrada no território europeu dentro do prazo estabelecido.
- Entrada na União Europeia e Emissão do Passaporte
- Ao chegar à Europa, o pet passará por uma inspeção veterinária para garantir que atende a todos os requisitos sanitários.
- Depois de regularizado e aceito no território europeu, o tutor pode levar o pet a um veterinário credenciado para emitir o Passaporte Pet europeu.
Cumprindo todos esses passos, o animal poderá viajar livremente dentro da União Europeia sem precisar de novas autorizações.

Dicas Para Uma Viagem Tranquila com Seu Pet
Viajar com um animal de estimação exige planejamento detalhado para garantir uma experiência segura e sem imprevistos. Além de cumprir todos os requisitos legais e sanitários, algumas precauções extras podem tornar a viagem mais confortável para o pet e para o tutor. Confira as principais dicas:
1. Planeje Tudo Com Antecedência
✔️ Inicie os preparativos com meses de antecedência – Muitos processos obrigatórios, como vacinas, exames sorológicos e emissão de documentos, possuem prazos específicos. Alguns países exigem até 90 dias de espera após o exame sorológico para permitir a entrada do pet.
✔️ Pesquise as regras do país de destino – Apesar das normas gerais da União Europeia, alguns países possuem exigências adicionais, como tratamentos obrigatórios contra parasitas antes da entrada. Países como Reino Unido, Irlanda, Finlândia e Malta, por exemplo, exigem a administração de um vermífugo específico contra Echinococcus.
✔️ Verifique se há restrições para certas raças – Algumas companhias aéreas e países possuem restrições quanto ao transporte de raças braquicefálicas (como Pugs, Buldogues e Persas), devido ao risco de dificuldades respiratórias durante o voo.
2. Confirme as Políticas da Companhia Aérea
✔️ Cada empresa tem suas próprias regras para transporte de pets, incluindo dimensões e materiais permitidos para a caixa de transporte, exigências sanitárias e taxas adicionais.
✔️ Verifique se o pet pode viajar na cabine ou precisará ir no porão – Algumas companhias permitem animais de pequeno porte na cabine, desde que a caixa de transporte caiba sob o assento. Já os pets maiores geralmente precisam viajar no compartimento de carga pressurizado.
✔️ Reserve a passagem com antecedência – Muitas companhias possuem limite de animais por voo, então garantir a reserva com antecedência evita problemas no embarque.
✔️ Chegue cedo ao aeroporto – O check-in de passageiros que viajam com animais costuma levar mais tempo devido à inspeção dos documentos do pet.
3. Escolha a Caixa de Transporte Adequada
✔️ Invista em uma caixa de transporte confortável e segura, seguindo os padrões exigidos pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
✔️ Certifique-se de que o pet tenha espaço suficiente para se movimentar – Ele deve conseguir se levantar, dar uma volta e deitar confortavelmente dentro da caixa.
✔️ Treine o pet para se acostumar com a caixa de transporte antes da viagem – Deixar o animal passar um tempo dentro da caixa semanas antes da viagem pode reduzir o estresse no dia do embarque.
✔️ Forneça um ambiente agradável – Coloque uma mantinha ou um brinquedo familiar dentro da caixa para que o pet se sinta mais seguro.
4. Organize Todos os Documentos do Pet
✔️ Tenha os documentos sempre acessíveis – Leve cópias impressas e digitais de todos os documentos exigidos, incluindo:
- Passaporte Pet (se aplicável)
- Certificado Veterinário Internacional (CVI)
- Comprovante de vacinação contra raiva
- Exame sorológico de raiva (se exigido pelo destino)
- Registro do microchip
✔️ Confirme a validade dos documentos – O CVI, por exemplo, tem um prazo de validade curto, e a vacina da raiva precisa estar dentro do período de validade exigido pelo país de destino.
5. Cuide do Bem-Estar do Seu Pet Durante a Viagem
✔️ Evite alimentar o pet logo antes do voo – Dê a última refeição pelo menos 4 horas antes da viagem, para reduzir o risco de enjoos.
✔️ Garanta que o animal esteja bem hidratado – Se a viagem for longa, leve um bebedouro portátil ou garanta que a caixa de transporte tenha um recipiente fixado para água.
✔️ Não medique o pet sem orientação veterinária – Calmantes e sedativos podem ser perigosos, especialmente para cães e gatos braquicefálicos. Consulte um veterinário antes de administrar qualquer medicação.
✔️ Escolha roupas e acessórios apropriados – Se estiver indo para um destino frio, leve mantas e proteja seu pet contra baixas temperaturas. Em climas quentes, evite exposição ao sol por períodos prolongados.
Seguindo todas essas dicas e cumprindo os requisitos necessários, seu pet poderá viajar de forma segura, confortável e sem estresse para a Europa. Boa viagem! 🐾✈️

Conclusão
Viajar com seu animal de estimação para a Europa pode parecer um processo complexo à primeira vista, mas com organização e atenção aos requisitos, a experiência pode ser tranquila e sem contratempos. O Passaporte Pet é um documento essencial para facilitar a mobilidade dos animais de estimação dentro da União Europeia, permitindo que cães, gatos e furões circulem legalmente entre os países membros. No entanto, para quem está viajando de um país fora da UE, como o Brasil, é fundamental seguir um passo a passo rigoroso, que inclui a aplicação do microchip de identificação, a vacinação contra a raiva, exames sorológicos quando exigidos e a emissão do Certificado Veterinário Internacional (CVI).
O planejamento antecipado é um dos principais fatores para o sucesso da viagem. Muitos processos possuem prazos específicos e precisam ser concluídos com antecedência para evitar atrasos ou problemas no embarque. Além das exigências sanitárias, também é importante estar atento às regras da companhia aérea, ao tipo de caixa de transporte exigida e ao bem-estar do animal durante o trajeto. Pequenos cuidados, como treinar o pet para se acostumar com a caixa de transporte e garantir uma hidratação adequada, fazem toda a diferença na experiência de viagem.
Além disso, é essencial verificar as regras específicas do país de destino, pois algumas nações da União Europeia possuem exigências extras, como tratamentos contra parasitas. Países como Reino Unido, Irlanda, Finlândia e Malta, por exemplo, exigem que cães passem por um tratamento antiparasitário antes da chegada. Ignorar esse tipo de detalhe pode resultar em retenção do animal na imigração ou até mesmo em quarentena obrigatória.
Para garantir uma viagem sem imprevistos, recomenda-se sempre levar cópias impressas e digitais de todos os documentos do pet, facilitando a apresentação na alfândega ou em eventuais fiscalizações. A verificação da validade dos documentos e a conformidade com as normas do país de destino são passos indispensáveis para evitar contratempos.
Com o devido planejamento e a documentação correta em mãos, viajar com seu pet para a Europa será uma experiência gratificante. Ao seguir todas as normas sanitárias e burocráticas, você garante que seu companheiro de quatro patas viaje de forma segura, confortável e dentro da legalidade, permitindo que ambos desfrutem dessa magnífica jornada. Boa viagem! 🐾✈️
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